Desconstruindo
Fevereiro 28, 2012
Isabel Afonso
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Fevereiro 28, 2012
Isabel Afonso
Fevereiro 28, 2012
Isabel Afonso
Fevereiro 26, 2012
Isabel Afonso
Sempre gostei de curtas metragens, embora perceba que o tempo tem um papel importante na assimilação e compreensão de um certo tipo de informação, numa boa curta metragem, está lá tudo, de forma condensada, o que provoca no cérebro a sensação de plenitude, esta sensação está próxima da leitura de um bom poema ou da sensação que temos quando vemos uma boa fotografia.
Uma amiga de longa data viciada em encontros amorosos de uma noite dizia que uma noite de sexo com alguém é um filme quase mudo em que se fica a saber quase tudo sobre a pessoa em causa mas com a qual não se constrói intimidade.
As longas metragens têm tudo desdobrado, um mais do mesmo visto de diversos ângulos e em diferentes cenários, uma realidade mais próxima da literatura, onde é possível construir intimidade com os personagens
No filme " A dama de ferro", de Phyllida Lloyd com Meryl Streep de 105 minutos, o qual me propus ver por considerar que esta senhora( Margaret Thatcher),merecia um pouco mais da minha atenção, 105 minutos de filme deixaram-me a pensar " então é isto", onde está a dama de ferro, a tomar decisões a debater-se naquele antro que é o parlamento inglês, 10 anos de poder reduzidos a esta abusiva exploração das situações caricatas, não fosse a extraordinária interpretação de Meryl Streep a segurar as pontas queria ver, ou seja nem queria ver; será assim tão difícil sublinhar o essencial e remeter para segundo plano o acessório, ou será que estamos perante um machismo dissimulado que não se atreve a mostrar com quantas agulhas se tece o poder exercido por uma mulher.
Ora eu propunha que Phyllida Lloyd fosse para casa de Meryl Streep lavar a louça e esfregar o soalho,fizesse a pesquisa necessária para fazer um filme a que pudesse dar o título de Dama de Ferro e começasse por uma curta metragem com uma actriz inexperiente, porque explorar assim o talento das mulheres também eu...
Fevereiro 22, 2012
Isabel Afonso
Os meus vícios, impõem-se, por isso é que são vícios, os que estão directamente relacionados com substâncias quimicas a ingerir, estão sob algum controle, os que se relacionam com alguns comportamentos, bem, esses precisam do chicote de um alter-ego.
Se formos por partes, isto significa que estou sempre a cometer os mesmos erros e a acertar nas contas que decorei, isto é chato pá...
Ora vamos lá mudar esta merda, vai doer, pois vai...
Fevereiro 22, 2012
Isabel Afonso
Aquele momento único que antecede a noite, resume-se a meia hora de nostalgia que se impõe por força da natureza, junto ao mar a mesa fica em silêncio, os raios de sol trespassam o copo de cerveja e incidem nos teus olhos poliédricos cor de avelã.
Se em vez de mar houver pedras da calçada e amoreiras vestidas de Primavera, fico a ver a noite a apagar o verde luminoso dessas árvores meigas que vivem em Lisboa.
Se estiver em casa sozinha, fico a ver o gato brincar com os pedaços de luz que serpenteiam por entre as cortinas.
Se por acaso me descuidar e estiver distraída, cai a noite sem eu ter dado conta.
Fevereiro 22, 2012
Isabel Afonso
Sempre achei curiosa aquela situação em que nas corridas de atletismo os atletas comprometem o início da prova, avançando para a corrida antes do tempo previsto, voltam atrás e retomam tudo de novo, era assim que gostava que acontecesse em algumas situações da vida, ou mesmo experimentar as várias opções que podemos ter perante uma situação sem comprometer os resultados de cada uma.
Ando a brincar a este jogo, dentro das possibiliaddes limitadíssimas que a realidade permite, um cineasta podia fazer melhor.
Fevereiro 20, 2012
Isabel Afonso
Fevereiro 20, 2012
Isabel Afonso
Morre-se nas praias da Normandia
Vive-se no Porto de Amesterdão
As putas oferecem sexo ao marinheiro desalinhado
O meu pai morre nas praias da Normandia
as areias duras mantêm-lhe o corpo hirto
no ar paira o cheiro da derrota
No Porto de Amesterdão os músculos do marinheiro amolecem
depois do orgasmo
As estacas brancas dispostas em cruz
erguem-se como cogumelos
nos campos verdes da Normandia
A enfermeira ergue a seringa de morfina
a bata branca cega-me
No Porto de Amesterdão
sangram peixes em caixas
sujas da morte que se repete
pelas madrugadas
Do lugar onde me encontro posso vê-los a todos
trepassados por punhais
sitiados pela arrogância
Aí esse lugar onde ergueis o vosso
castelo altaneiro
sois vulneráveis
como o corpo do meu pai
abandonado na praia de areias firmes
onde o sangue escorre para o mar
Fevereiro 19, 2012
Isabel Afonso
Em " a ignorância"Kundera sintetiza em três páginas as grandes convulsões políticas do século XX e define a matriz de um romance...
Fevereiro 19, 2012
Isabel Afonso
O amor mata e o desprezo também...disse o teu tio há uns anos, a ter de morrer, morreria de amor,se a vida se impuser vou equacionar a questão, tomar como suporte o universo dos números inteiros positivos e negativos, ali entre, -1 e +1 existe um número redondo, em palavras a sério não é zero, é uma filha da puta de existência denominada cinismo, praticada por Crates e Hipárquia algures no tempo.
Por falar nisso o vinho era muito bom, da próxima vez levo umas gomas.