Constatação
Março 31, 2012
Isabel Afonso
Cada vez me é mais penosa a hipocrisia e o exercício de agradar, fico perplexa quando me dizem, gosto de pessoas, eu não, gosto de algumas pessoas, mesmo que o contrário não se verifique.
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Março 31, 2012
Isabel Afonso
Cada vez me é mais penosa a hipocrisia e o exercício de agradar, fico perplexa quando me dizem, gosto de pessoas, eu não, gosto de algumas pessoas, mesmo que o contrário não se verifique.
Março 30, 2012
Isabel Afonso
Março 30, 2012
Isabel Afonso
Março 29, 2012
Isabel Afonso
Março 28, 2012
Isabel Afonso
Sentira-lhe as veias, a firmeza dos tecidos, um óvulo a desprender-se, neurónios activos, serotonina em alta, vinte cinco anos de existência, percebera exactamente como se estruturava, num rasgo de clarividência, era como se a conhece há muito tempo, conseguia ver a dificuldade que sentira para disciplinar aquele cabelo que contidamente exibia, prendera-o com um elástico, uma fêmea no seu apogeu, vigorosa, longe da fragilidade de uma gazela mas próxima da feracidade de uma pantera, espalhava talento, aquele que vem da terra, impunha respeito, estava ali, para matar a sede, tinha chegado há pouco tempo ao lago, bebedouro onde as bestas se encontram, afastaram-se algumas não por gentileza mas para usufruírem da sua presença.
Março 25, 2012
Isabel Afonso
Um dia destes rebento com essa fortaleza de pedra onde te escondes e de onde fazes de mim o teu alvo predilecto, entre ameias e seteiras, continua porque quanto mais te escondes mais te vejo, poderei deixar de temer as pedras a rolar pela encosta.
Março 24, 2012
Isabel Afonso
Março 21, 2012
Isabel Afonso
com caprichos e requintes
de quem recebe
da alma o desejo
as pernas que me prendem
o tronco onde repouso
as mãos que me agarram
Teu corpo de homem
onde me enrosco
Arquitectura perfeita
meu abrigo
meu amigo
Cheiro de ondas do mar
sargaço de violetas
Deleite para os meus olhos
Nas linhas dos teus lábios
balanço e enterneço
Animal rosnando
em lamento
de quem se quer dar
Março 18, 2012
Isabel Afonso
Março 17, 2012
Isabel Afonso
Já dançámos um tango
brancas eram as linhas do nosso tango
Eu embalava-te nas madrugadas geladas
Tango Branco
Deixavas-te em mim nos passos lentos
da nossa dança
Queria que partisses sem me abandonares
Tango Branco
O tempo derrubou o nosso castelo de mármore
Caminho sobre os
escombros
Feitos de neblina e pedra
Tango Branco
Peguei nos estragos,
reconstrui o personagem
Calcei os sapatos
Isabel Afonso