Dissonante
Julho 31, 2012
Isabel Afonso
_ Não sou desafinado sou dissonante, as melodias e as harmonias me cansam, encontro mais sentido no "no sense"
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Julho 31, 2012
Isabel Afonso
_ Não sou desafinado sou dissonante, as melodias e as harmonias me cansam, encontro mais sentido no "no sense"
Julho 30, 2012
Isabel Afonso
Julho 29, 2012
Isabel Afonso
Julho 27, 2012
Isabel Afonso
"Para as nossas maiores loucuras existe uma justificação concreta, Clarice enquanto criança viveu um amor não correspondido por um professor de hebraico de olhos pestanudos e doces parecidos com duas baratas..."
Mais tarde, passou a comê-las...
Julho 27, 2012
Isabel Afonso
Convocam-se os deuses
os do Olimpo
e os de fora
um céu estrelado
a ursa maior
e a menor
Convoca-se
o corpo
as pernas
os músculos e as artérias
as mãos e os pulsos
Convocam-se os olhos
os ouvidos e a pele
Convoca-se o estômago
e os braços
Convoca-se os rins
o fígado
sobretudo o fígado
para os assuntos delicados
Convocam-se os amigos
e os inimigos também
Convoca-se o coração
para a sua função essencial
a de bombear o sangue pelas artérias
convocam-se para que me alinhe
me arrume
me ajuste e me ponha de pé
Julho 24, 2012
Isabel Afonso
Ontem caiu da corda o meu soutien, a romãzeira que fica por baixo da minha janela não o quis acolher, por excesso de peso provocado pelas romãs ainda fechadas à espera do Outono para estalarem em brechas.
Hoje toquei à campainha da vizinha, antes de dizer ao que ia ela adiantou-se:
_ O seu soutien estava caído no meu quintal, sabe é igual aos que uso.
_ Aqueles que se usam agora parecem armaduras cheios de arames.
_ Os meus também gosto deles assim, bem o seu tem aqui uns suportes de lado, os meus são completamente lisos, ajustou a blusa aos seios e pude aperceber-me que não os tinha.
- Sabe, antes do Cancro que mos levou...
Julho 22, 2012
Isabel Afonso
Certo dia o Tobias estava deitado na relva a ler a história do Hipopótamo Orelhinhas, quando estava a ler a página «2», o «H» de hipopótamo o «O»
de orelhinhas e o «2» da página dois desapareceram .
Quando ele olhou para o céu viu-os a dançar no arco-íris .
O «H» saltava do amarelo para o cor-de-rosa como um trapezista, o «O» rebolava no lilás desequilibrando o arco; o «2» escorregava no verde, a confusão era caótica.
De repente o «H» de hidrogénio tropeçou no «2» e juntou-se ao «O» de oxigénio, juntos passaram a ser H2O. O arco-íris não aguentou o peso e
projectou-os no ar .Perto do fenómeno estava uma nuvem solitária que acolheu sem hesitar a família H2O.
H2O preencheu os buraquinhos da nuvem, passava por ali uma aragem fria e tudo se condensou, em linguagem comum quer dizer que a nuvem passou do estado gasoso ao estado líquido e também quer dizer que começou a chover.
A confusão era caótica, as gotas de água eram lançadas para a terra, a família H2O ficou presa nos ramos de uma amoreira.
O menino regressou ao mesmo lugar , abriu o livro e para que tudo voltasse a ser como antes, H2O desprendeu-se dos ramos e foi para dentro do livro.
Isabel Afonso
Julho 22, 2012
Isabel Afonso
Há muito tempo que não lia nada tão bem escrito e absolutamente viciante...
Julho 22, 2012
Isabel Afonso
Julho 18, 2012
Isabel Afonso