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Delicatessen

espaço destinado a pequenos prazeres

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espaço destinado a pequenos prazeres

Momento zen- doidaísta

Agosto 30, 2012

Isabel Afonso

 

Não se deverá entrar pela porta dos fundos,  muito perto da cozinha, onde se guardam objectos contundentes, morre-se lentamente no espaço doméstico mas na cozinha a morte ganha contornos de crime organizado, Virginia Woolf tinha pavor das criadas e suas facas aguçadas, em noites de sexo livre mandava-as a Londres comprar gengibre.

 

No quarto morrem sobretudo os homens , lugar onde vezes sem conta procuram clítoris e  pontos "g" , acabando sempre por concluir que existe algures bem perto de si um maior do que o deles capaz de todas as proezas, elas divertem-se, nunca esperaram que o encontrassem e muito menos que lhe dessem prazer, estão ali porque não lhes ocorre estar noutro sítio, mais nada, e isso dá cabo do ego de um homem que também tem uma medida e  é preciso que ande fantasiosamente estruturado, isto porque não há meio de tratarem uma cona por tu.

 

Na sala morre-se de tédio, em frente à televisão ou a inventar conversas politicamente correctas de acordo com a disposição da mobília, o macho embrutece em frente ao televisor e a fêmea sirigaita do computador para a varanda em trajes libidinosos para agitar as vibrações, mais uma vez ele faz contas e ganha sempre o do vizinho.

 

 Nas casas com corredor ele foge e esgueira-se pela porta, local onde morrem mais mulheres;na casa de banho não fosse a porcaria do espelho e o famoso filme de Hitchcock morreriam mais homens quando a curva da barriga proeminente os impede de ver o pénis que Deus lhe deu e o diabo deixou.

 

Ratice

Agosto 30, 2012

Isabel Afonso

As ratas estão a invadir os templos, ortodoxos, cristãos e já piscam o olho às ratas mais tapadas do planeta...

Lugar onde vivo

Agosto 29, 2012

Isabel Afonso

Vivo num sítio lindo ,onde velhas senhoras sentadas em bancos de jardim, percorrem com o olhar, o esvoaçar dos pombos por entre as pernas longas de meninas irrequietas com seus vestidos curtos.

Vida

Agosto 26, 2012

Isabel Afonso

Considerando que somos todas as pessoas que amamos, todos os lugares onde estivemos, todos os livros que lemos, enfim tudo o que comemos, posso constatar que temos andado por maus caminhos, estamos cínicos como o raio que nos parta.

Assim não vamos lá, temos de moderar as neuroses, partilhar bom humor, praticar uma implicância saudável, aquela que agita os neurónios mas não os extermina, tudo em ponto pé de flor, na devida proporção, como quem adopta um fado e lhe retira o enfado.

Viver impõe-se como exercício artistico da mais requintada exigência, uma espécie de contenção de quem está disponível para o amor e não para umas cenas de sexo hard core.

 

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